Cansei de ouvir sobre a minha queda, daquela que me fez renunciar
tudo que um dia acreditei. Quantas vezes eu terei que voltar para o fazer crer em
mim de novo? Quantas vezes eu terei que me perder, e ver que as asas que caíram
sempre estiveram em mim? Eu não sou nenhum anjo, eu não me visto de branco, nem
estou em forma de proteção para os outros. Sempre andei entre espinhos, e com um irônico
sorriso desejando sua ida para o inferno. Sempre fui um veneno, e continuarei sendo para todos que tiverem a audácia de morder mais uma vez aquela maçã. Mas aqui estamos, separados outra
vez, pelo orgulho, pelo pecado, pela descrença, e pela ambição. E eu cairei
quantas vezes forem preciso, para provar que nem sempre o caminho certo é o
dele, e que nem sempre as coisas são como nos mostram em livros. A ironia da
escuridão nas veias, no sangue, e em tudo que é sagrado. O desrespeito, a
vulgaridade, e com isso tudo ainda ter a dignidade de realizar o que foi
pedido. Mais uma vez no chão estamos, e por baixo dele nos cobrimos do mal que
nos desejaram. A mudança da cor, da raça, do amor, da dor. A mudança de verde
para o branco, de branco para o preto, e de preto para o vermelho, colocando o que
bebemos por anos derramado em nossos braços. Tantas influências e controles sobre os
mais fracos. A fraqueza, ah, a fraqueza, aquela que faz o nosso desabamento
necessário, a que transforma nossa fé em perdições em quanto atravessamos a
colina acima. Das nuvens eu vim, do fogo ressurgi, de cima eu cai, e de baixo
eu me ergui. Mas hoje, eu não sou nenhum anjo.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Madness, Sin and Horror
He had scratched all the gray walls of your choices, but his thoughts were still showing the agony of a suicide aura. The melancholy ran down in his sweat, defining his worst moments of a crossing through hell, where his sins were shown every breath of the devil. The flames left his horror show, and his courage was cowardly near his fears, transforming your sleepy state into madness of a disappointment. His unconsciousness took his vital signs throb in the sense of his only way. His trauma was reflected in the sins of his suicide, with lust at a high level, and his avarice poured around his body lying on the stairs. Each behavior exposed to the tragedies made by his own hands bloody from hysteria, hysteria of his death. The madness used in each of his sins, leaving his recipients all the horror that his scribbles meant.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Remédios Diários
Aprendi que quem faz o bem sem nada em troca, recebe ele de volta.
Aprendi também que a fé move montanhas, mas que você precisa acreditar que você
também é capaz de movê-las. Algumas vezes você dará valor demais a alguém que
irá te machucar, mas isso não será algo para se guardar, pois um dia a vida
cuidará disso por ela mesma. Nós temos muitos familiares, mas são poucos que
mostram o significado real da palavra família. Aprendi que nossas verdadeiras
amizades são aquelas que distância nenhuma consegue muda-las. E que com o medo
nós ficamos pra trás, pra trás dos sonhos, e das vitórias. Se arriscar pelo que
quer, é bom. Mas será melhor se sua coragem não prejudicar ninguém pelo caminho.
Aprendi que remédios que te fazem dormir, talvez estejam tirando horas da sua
vida que poderiam ser inesquecíveis. E que nenhum comprimido será capaz de te
deixar melhor, se o melhor não vier de você. Há esperança, sempre, mas você tem
que carrega-la com você. E se um dia perde-la, lembre-se que nem tudo está
perdido de verdade, e que as lembranças ficaram no lugar dela. Às vezes
ignoramos nossos sonhos, pois eles parecem impossíveis, mas se fossem impossíveis,
você não seria capaz de sonha-los. Aprendi que exercícios fazem bem pra saúde,
mas que não existem momentos que substituam um bom filme e besteiras para
comer. Drogas? Apenas drogas. Aprendi que de vez em quando é bom trocar a
perfeição por seus defeitos, e que a sanidade nem sempre vai te levar ao
caminho certo. “Rotina” e “o que é diário” deveriam ser usadas com sentidos
opostos. Nem toda rotina é boa, mas se você aprender a sorrir para os outros,
com certeza sua rotina irá melhorar. O “foda-se” ficou no lugar do perdão, mas
aprendi que sem o perdão ninguém consegue seguir em frente sem todo aquele
peso. Às vezes você esquece, você não quer, mas esquece, e isso não significa
que algo não foi importante pra você, mas talvez esse algo tenha se ausentado
por tempo demais, e hoje ele não faz mais parte do seu para sempre. Aprendi que
não devemos jogar fora nossa vida, e que devemos fazer de remédios diários,
nossos pensamentos positivos.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Luzes
Um mesmo tiro de luz fez com que eu perdesse tudo. Eu fui
perdendo minha mente, perdendo minha mente, meu controle. É difícil ver o que
esta tão fora de mim, esperando sempre por um drama para poder me animar. Com o
fogo subindo pela minha própria direção. Eu estou vendo tantas lembranças ruins
indo embora pelos meus olhos, e tudo o que importa agora é seguir em frente. Estou
esperando que tudo se acalme de novo, apenas se acalme, se acalme. Aquelas
luzes por volta do tiro de novo, pedindo para que você venha para fora, para
fora por agora. O zumbido no parque gira minha cabeça em volta do sol que
ilumina a nossa estrada escura em volta de nossos pés. Com metade do que tenho
agora, vamos apenas balançar para que os sonhos venham até nós, e nossos olhos
voltem a enxergar aquelas luzes por agora. Então mais uma vez siga aquelas
luzes, balance para ser aquilo que desejou. Aquelas luzes sem mentiras, para se
acalmar, acalmar. Tudo ficará na calma, mesmo tendo perdido minha mente e meu
controle. Vamos descansar com o que queremos ser, com todas aquelas luzes. Vendo
essa estrada tão estreita, pela metade que me cegava, pela metade que me fazia
perder. E tudo que eu esperava está chegando, está chegando. Mais uma vez
olhando para trás, mais uma vez dando adeus ao que me prendia para trás.
Aquelas luzes estão voltando, aquelas luzes do sol estão me guiando, por agora.
domingo, 18 de agosto de 2013
Âncora
Em apenas um lugar que possa ser chamado de meu, e um amor
que possa ser guardado ao seu. Uma voz guardada para eu chamar de minha, sonhos
e tudo que eu pensei que já tinha. Quando descobrimos que a distância é maior
do que podemos alcançar, ou quando vemos aquelas pessoas indo embora com tudo
que deveria ter se realizado em nossas mãos. Dando um passo para trás pra saber
onde eu me perdi, onde eu cometi tantos erros que seriam a reflexão do que
sinto agora. O que eu vejo? Meus olhos estão embaçados pela chuva que eu criei.
Queria entender mais do que ter apenas pequenas razões para desabar. Eu me
lembro de quando segurei sua mão e você prometeu me guiar, mas agora só consigo
enxergar seus passos se distanciando, com a minha âncora em seus ombros, me
deixando pela sua fechadura. Eu desejaria ver o céu como eu via antes, com
todas aquelas estrelas capazes de me mostrar o que foi escrito nas minhas
linhas tortas. Ao som do mar poder tocar em um piano como se fosse a última vez
que tivesse aquela visão, a última vez que tivesse aquela música nos meus dedos.
Em seu olhar ver meu reflexo, e meu orgulho sendo quebrado em um espelho. E com
tudo enterrar o que me fez mal, junto com os anjos que abriram as asas para me
colocarem em seus braços. Mais uma vez sentir o que é divino a me proteger, e o
que é maligno se afastar do meu alcance. Com todo aquele ódio derramado nas
minhas lágrimas, eu queria ter tido o dom do perdão. Eu deveria ter
arrependimento em cima de toda a carga que carreguei, e então ter o amor de
volta para poder manter sua presença perto de mim, junto com todos os meus
sonhos que um dia foram amassados e abraçados. E hoje, por mais que eu tente me
equilibrar, minha força é em vão. Finjo esquecer e deixar com que tudo que eu
acreditava volte a me guiar, mas sua porta nunca foi fechada para eu poder
realmente dizer adeus.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
O Vestido
A interpretação bastarda dos ouvintes perante ao rei. O clamar contente pelo reinado despido de imoralidades. "Vida longa ao rei", era gritado por plebeus em suas vozes rocas. "Deus salve a rainha", era pronunciado pelo seu amante entre os comerciantes. Em um vestido caído sobre sua macia pele, a rainha guardava seu segredo entre tais vestes, e o despertar de sua libido por baixo de suas jóias. Aquele que ousou tirar a pureza e dignidade de sua própria rainha por trás de cortinas reais, aquele que teria sua cabeça arrancada a sangue frio se não fosse pela paixão que lá havia. "Deus salve a rainha", foi pronunciado novamente, e em seu andar de nobreza, sua rainha desceu os degraus perante o seu povo no hall. O vestido deslumbrante escorregava pelo chão, tendo a atenção que deveria ter sua coroa. Em um ato de prazer aquele vestido tinha sido arrancado, e perante a ocasião, recolocado. Em orações perante alguém, suas preces tinham sido em vão. O último degrau pisado, e durante seu ultimo suspiro forçado ela pôde olhar para o seu verdadeiro amor, aquele que um dia seria o motivo para ela deixar seus aposentos reais. Agora nas mãos do rei, seu amante admirava intrigado, o vestido de sua amada, que logo por outro seria rasgado.
sábado, 23 de março de 2013
Dose de época
"Por favor, mais uma dose". E enquanto a bebida cortava minha garganta, o som do violino parecia limpar minha mente de todos aqueles desagrados sentimentais. Aquela infelicidade por mostrar felicidade. Como aquelas pessoas sorriam pra destinos que não tiveram chance de mudar, para escolhas que não foram suas. Toda aquela simpatia de época me dava nojo, embrulhava meu estomago. Como podiam amar alguém que não puderam conhecer, ou simplesmente brindar a alegria infiel de outros. Estava completamente desgostosa com aquelas luzes e passos de dança repetitivos. Queria um cigarro para aumentar aquela fumaça de ingratidão e falsidade. "Quem é aquele rapaz?". Eu me perguntava no meio de tantas cinzas. Minha cabeça rodava conforme as cordas se movimentavam, minhas mãos tremiam como a de um drogado imune. Drogas, será que imaginavam que isso estaria sempre presente? Quando me levantava para ir até o bar, notava o meu vestido longo arrastando no chão e trazendo toda a pureza de uma mulher antiquada. Queria apenas mais uma dose, uma dose que pudesse me fazer esquecer. Quem me conduzia naquela noite era o meu passado e nada mais além dele.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Lembrar
Quando ela era pequena, costumava ouvir histórias sobre
monstros e fantasmas, e ler pequeninos livros sobre princesas e príncipes
encantados. Filmes de terror ou de contos de fadas estavam sempre ao redor de
sua televisãozinha. E em torno de sua pequena cama, ela mantinha quem sempre
esteve ali com ela. Parecia uma boneca, de tão delicada, mas sua mente era
perversa, e até um pouco fora de época. Ela gostava de rock, e talvez de um
pouco de pó mágico para poder voar, mas sua imaginação ia além de coisas
passageiras, ela era infinita. De vez em quando podia se perder no encanto de
sorrisos, e tentar atravessar a fronteira para a Terra da Nunca. Ou podia tremer
por sentir que alguém iria deixa-la, e mais uma vez abandonada iria estar. Sua
princesa andava ao lado de sua dama da morte, e ela podia escrever contos que
nenhum poeta ou contador de historias jamais imaginou escrever um dia. Às vezes
ela podia fazer o inferno subir a terra, ou a terra ir para níveis mais baixos.
Mas ela podia também fazer com que anjos dormissem do seu lado. E apesar de
tudo ela estava sorrindo, e apenas admirando o lago a sua frente. Ela poderia
fazer de tudo uma monotonia, mas ela preferia arriscar e saber até onde sua
mente a levaria. Enquanto isso, ela voltava para a cama, e ao encostar a cabeça
no travesseiro de penas ela apenas pedia: “Ilumine-me e proteja-me, mas deixe
que a luz dele brilhe sempre mais que a minha.”
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