sábado, 30 de abril de 2011

Jogos





São jogos cansativos e destruidores que tornam nossa cabeça mais fraca e nosso corpo involuntário. Sentimento inato que consume nosso dia a dia com vícios e rebeldia. Polêmica desnecessária, com ida sem volta direta para inglória. Fome de poder em peças frágeis e limitadas. Necessidade que sobe com a perda de moedas. Quanto mais jogam, mais querem. Esse círculo vicioso não tem fim. Direção final semelhante a uma roleta russa. Desafiando a própria vida em cartas. Notas verdes refletidas na mesa de veludo. Uma prova com números desprezíveis. A saída sempre aparenta algo simples logo na primeira entrada. Dados viciados como as pessoas que os jogam. Valete, dama e rei provocam brilho aos olhos de jogadores, ÁS vezes deixando tão claro quanto seus bolsos vazios ao término de um  jogo. Sorte e habilidade duelam cara a cara. Placas indicam o caminho para a próxima perdição. Os prazeres já se tornam doenças e sede por mais. Mãos tremendo deixando suas marcas no dinheiro gasto com bebidas e cassinos. Tornando assim, seu último gole de ambição, derramado pelo tapete vermelho da luxúria.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Amor e Violão




A virada noturna conduziu meu corpo e minha alma á uma direção sem fim, sentia um balançado por toda a minha aura, fazendo com que minhas decisões naquele momento fossem inquestionáveis. Desejar, gostar, amar? A adrenalina era liberada através do meu olhar, através do meu sorriso. Uma sala sem ninguém, amor ao som de um violão, sem distância nem saudade, era o que nós precisávamos ter experimentado. A oportunidade ficou pelo ar, assim como as músicas cantadas. A vontade pulsava pela minha pele, seu toque já fazia com que eu me entregasse mais a você. Colados não tinham sido só os abraços. Pensar em nós era o que a minha felicidade exigia. Falar de sonhos, medos, desejos nos aproximavam. As semelhanças brotavam a cada frase. Era incrível e inacreditável como com apenas um olhar e um sorriso você já estava presente no meu tempo. Não me lembro da lua daquela noite, e sim do sol que nasceu à brilhar. Uma mudança causada por uma diversão, repleta de loucuras e devaneios. A razão de estar naquele lugar, me fazia pensar. Já me perdi, já delirei. Estar contigo novamente já tem hora para acontecer. Sua imagem de bruta flor mudava com apenas um contato. Sensações cruzaram nosso caminho, e com ele um adeus nunca será dito, apenas um até breve. Sem você não pode ser. Avassalador como nome próprio para a situação. Hoje, guardo seu olhar na minha visão, seu sorriso nos meus lábios, seu toque na minha pele, e você em uma canção.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quando eu crescer




Tenho sonhos, sabe, aquilo que os adultos não gostam de falar, julgam ser uma perda de tempo na vida das pessoas. Na verdade, tenho grandes sonhos. Não sei qual quero seguir primeiro. Eu sempre quis dançar em um palco com sapatilhas nos pés, ser uma bailarina. Sempre quis poder liberar meus sentimentos mais profundos em uma carta que se tornaria música um dia, ser cantora. Sempre quis assistir uma novela que meu nome estivesse nela, ser atriz. Sempre quis viver escrevendo, contos, livros, cada um mais emocionante que o outro, ser escritora. Sempre quis correr em uma rua ou campo grande, com o vento batendo no meu rosto, e o som dos passarinhos no meu ouvido, ser atleta. As pessoas grandes preferem falar de números, principalmente aqueles com o nome dinheiro. Não me interesso por aquelas notas, por mim deixaria muitas delas voando, e sabem por que? Porque a felicidade está naquilo que você ama fazer e não em um cofre cheio de jóias. E se todos fossem crianças? Haveria tanta guerra? Não precisava deixar de crescer, só precisava ter a consciência e o amor de uma criança. Sabem, para nós o mais importante é a felicidade, a compaixão. Eu já sei o caminho que quero seguir. Quando eu crescer quero ajudar os outros, dar amor a todos, não importa sua cor, sexo, corpo, religião, preferência, por dentro somos iguais, estamos juntos lutando por nossos sonhos. Falam da nossa inocência, e que vivemos em um mundo imaginário, sim, pode ser verdade, mas nesse mundo em que queremos viver e crescer é um sem preconceitos. Quando eu crescer só quero me lembrar de uma coisa, de ser uma criança para sempre.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Laços




São fitas finas, grossas, grandes, pequenas, decoradas, lisas, coloridas, e todas elas são ideais para se fazer um laço. Ao ver uma você ja senti uma afinidade, uma atração boa, baseada em carinho. Os laços são feitos de diversas formas, cabe a você escolher qual forma o seu deverá ser feito. Eles podem ser aqueles lindos como de presentes para crianças, que facilmente são desatados, ou aqueles com falhas mas que são tão resistentes que nada nem ninguém consegue desata-los. A diferença entre eles está em pequenos detalhes de como são feitos. Os que tem uma aparência incrível são os que se desfazem com mais rapidez, duram o tempo necessário para chamar atenção, até vim um vento forte e desfazê-los. Os que aparentam uma imagem delicada e ao mesmo tempo com falhas e amassados, são os que resistem, aqueles laços que você faz um dia e nunca mais os retira. São criados com amor, seja pela família, por um amigo ou por uma relação, esses são os que duram. Uma gaveta cheia de fitas desamarradas é vazia, o número existente não faz diferença, e sim o número de laços que ainda estão feitos. Aquela caixinha guardada com apenas três laços, vale mais do que a certa gaveta. Podem brincar, dançar, cantar e até mesmo vestir a fitinha, na hora da necessidade de um apoio, o que vai contar é o nó bem feito, para que essa fitinha não volte a ser reta, e sim, mantenha o laço resistente. As falhas e os amassados, fazem parte de algo firme, pois são esses pequenos defeitos que mostram que apesar de todas as diferenças, o carinho se mantém acima de tudo. Separados, e muito tempo guardados, acontece de alguns desmancharem, mas lembre-se, aquele que você se dedicou e fez com o maior cuidado, estará ali, esperando a sua volta. Laços eternos são aqueles que mesmo com a distância permanecem fortes.