segunda-feira, 26 de março de 2012

Meu cemitério... Meu túmulo


Era tão sombrio quanto aqueles pesadelos, uma mistura de terror e risadas, mas não saudáveis e sim macabras. De todo lado era possível sentir calafrios, e à medida que aumentavam os passos, os gritos que me perseguiam se tornavam maiores e mais agudos. O cemitério parecia esconder algum segredo, além do que os túmulos escondiam. Pessoas passavam de um lado para o outro, como se procurassem algo, mas essas pessoas estavam mortas. Estava sozinha, vagando por planos desconhecidos, a procura de uma coisa que só o espirito era capaz de conduzir. Havia gargalhadas, suspiros, terra molhada com cheiro de sangue, lápide com o tabuleiro ouija gravado, tremores e jogos dos quais você não desejaria entrar. Não sabia onde aquele túmulo me levaria, mas sentia que era nele que deveria estar. Tão mal quanto o ar que era extraído das profundezas do inferno, tão escuro quanto o olhar que me seguia. Por longos corredores passei, por várias portas atravessei. E por aquele cemitério familiar andei até o meu túmulo. Estavam atrás de mim, aqueles que um dia fizeram parte do meu plano, aqueles que sempre vão vagar nos meus pesadelos, aqueles que aguardam a minha alma. 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Olhar Faminto


Poderiam perguntar o porquê de ficarem tão submissos, ou o porquê de querer ganhar apenas um olhar. Olhando naqueles olhos tudo em volta perde sua forma, cor. Esses olhos famintos que fazem com que a linha seja cortada, e com que o brilho os cegue. Para fora correm todo o mistério que durante a noite é mostrado pela vida que segue. Os olhos famintos que tanto falam, os olhos que transportam sonhos jovens e transparentes. Há uma necessidade de não parar, há uma força que impede o rompimento do olhar, há sintomas apresentados pelo resto do corpo. Agora a pergunta fica no ar: “Como um olhar é capaz de transmitir tantas coisas?” Seu medo não deixa que a aproximação exista, mas seu desejo de alimentar o traz para perto, o fixa em um olhar faminto. Transmitindo sua energia, seu poder maior do que qualquer força física. O doce e o veneno que podem ser vistos se você souber escolher que lado marece.Ceder apenas em um segundo, fazendo valer os segundos que virão pela luz noturna. Olhos famintos que se alimentam de sua existência, de sua vontade de estar perto. O esverdeado clareia tudo ao redor do que está sendo olhado. Olhos famintos, deixe que todos os prestigiem, deixe que todos olhem enquanto se alimenta de olhares penetráveis. Pode fazer você estremecer rapidamente ao sentir que está sendo vigiado. Sua visão está além do que podem ver, ela vai além de apenas olhos famintos.

terça-feira, 20 de março de 2012

Luar


Você disse que sim para o longo caminho que percorreu durante aquele luar. Você disse sim para poder ver e sentir os sonhos que nunca teve esperança de realiza-los. Nessa noite tudo se torna melhor, tudo estará junto para melhor ocorrer. Toda noite sente orgulho do lado em que brilhou ao luar. Usou apenas um amor para correr e não permanecer sozinha. E naquela noite solitária sentiu que podia apenas ver a melhor noite passando pela sua janela. Todos os dias esperando para que aquela lua viesse até você sussurrar o quanto estará a brilhar se puder acreditar. Você destruiu a todos que negaram o que apenas você pode ver. Agora está tornando a noite uma das melhores para ficar junto do seu lado claro. Para quem não acreditou você mostrou que a felicidade está além do brilho do seu olhar. Em pequenas atuações ao longo da vida, um único adeus foi o bastante para seguir com quem você sempre foi. Pode dizer tudo que sentiu dentro de um sonho realizado ao luar. Sozinha irá vencer, o modo que você se move derruba qualquer estrela que brilha lá em cima. Você nunca disse que não iria conseguir e hoje está tudo em suas mãos, e alguém estará andando sempre do seu lado, iluminado a sua melhor noite, o seu melhor brilho, o seu melhor luar... O nosso luar. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Burn Me


Burning like all the promises and memories that had to be forgotten. Burning like intolerance of an end. Increasing like the contempt of an unfavorable attitude. Developing like pride that was damaged and malicious. Darkening like the moments are gone before they happen. Shiny like expected for an imagined happiness. Lowering like the lies that fueled insanity. Changing like the pages turned. Illuminating like the illusions rescued emotionally. Fading like the tears wiped the memory defensive. Deceiving like the passion lacking in sense. Destroying the words as they built a small fortune. Heating like the danger of an accident collapsed. Charming candor extracted from the wrong side. Clear like members supported by invisible skins. Menacing like the song that heralded the inappropriate. Wild like a body that is thirsty of heat. Unexpected like the eyes never crossed. False like the pardons written immediately. Disturbing like the tormented reckless. Increasing like the time it was counted. Deleting like abandonment of indelible memories. Reappearing like previously represented for only ghosts.

Se muoio prima di svegliarmi?


Gli occhi erano chiusi e il corpo addormentato. Avrebbe continuato a tutti coloro che credevano. Lascerei la necessità di sentirsi piacere, per coloro che potrebbero subire una perdita. Metterei la difficoltà di trattare con le cose, in cui il desiderio intenso. Sentirei le particelle graffiati ad ogni passo cancellazione. Superarei gli addii, consapevoli del fatto che sarebbe passato. Si costringerebbe il rischio di rimpianto per qualcosa che aveva un tocco, e non da qualcosa che è stato solo immaginato. Uno dei motivi potrebbe essere sufficiente per influenzare l'immortale. Disegnarei scarabocchi in grado di trasmettere l'invisibile reale. Assopraria il vento, per coloro che hanno bisogno di leggerezza. Prendete le più dolci casi, tenerlo quello che mi era rimasto. Metterei le persone sconosciute in un cerchio. Romperei infelicità con il solo calore onesto. Seguirei le orme costruiti da un compagno. Volare via liberando le radici mature. Correrei Mille miglia per un  L'ultimo sguardo essere scambiato. Commetterei errori in modo che la responsabilità svaniscono per la gioia. Parlerei che è stato male e che sarebbe stato ricordato. Calaria per dare emozioni alla ragione.  Combatterei  per guidare Le mani controllori. Avrebbe scelto di andare a piedi nudi, per non essere ingannati da suole confortevoli. Odiarei, per dimostrare che l'amore è in grado di essere tra di loro. Brucerebbei, in modo che la sofferenza evaporano con le lacrime. Complicare il decorso, così ognuno ha avuto il coraggio di seguire dubbia. Die, per migliorare nei minuti finali di atteggiamenti. Dormirei sapendo che una sola luce sarebbe in grado di farmi svegliare.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Simplicidade


Uma árvore, não para destruirmos e sim para dela tirarmos a simplicidade para viver, a leveza de balançar com as batidas do vento, os ensinamos de anos e anos de resistência. Fome, mas não uma fome por comida e sim uma fome por amor, uma fome por humildade, uma fome por educação, uma fome por lealdade. Sede, mas não uma sede por bebida, e sim uma sede por desejo, uma sede por compreensão, uma sede por esperança, uma sede por diversão. Sono, mas não para dormir, e sim para trazer dele os nossos sonhos noturnos, os que envolvem realizações e caminhos almejados. Imaginação, para que possamos criar objetos animados, livros riscados, desenhos pintados e verdades inventadas. Sorriso, não para bater uma foto, e sim para demonstrar felicidade por pequenas coisas com intensidades tamanhas. Saudade, não para alimentar uma tristeza, e sim para recordar de momentos vividos que não serão apagados, aqueles momentos que muitas vezes nos fazem chorar, e choramos por ter sido algo marcante, algo que gostaríamos que voltasse, algo que ficará sempre guardado como uma boa memória. Horas, não para cobrar um atraso e sim para marcar encontros, definir o tempo atento. Oração, não para pedir e sim para agradecer todos os dias pelas realizações e pelas dificuldades, que por mais que não gostem, são elas que nos fazem melhores. Lágrimas, não por uma dor, e sim por uma alegria ou emoção tão grande que um sorriso só não foi capaz de transmiti-la. Escuridão, não a de monstros em baixo da cama, e sim aquele que nos faz dormir para termos bons sonhos. Luz, não uma lâmpada, e sim uma luz divina, capaz de iluminar nossos caminhos. Amor, não o obsessivo, e sim o que constrói nossas vidas, o que nos torna pessoas doces, compreensivas, aquele amor real, puro, um amor adocicado. Adeus, não para sempre, e sim um que irá apagar todo mal que um dia permitimos que entrasse. 

segunda-feira, 12 de março de 2012

Teias


Em busca de uma verdade tentada a nos mostrar a gravidade por baixo das ruas que pisamos. Transformou-se em crenças longas de teias invertidas para a imensidão de uma segurança. Seguindo pegadas que deixavam suas marcas nos ares de como viam os que viviam. Bem distante onde gritavam por uma noite de esperança. Ligando assim que os fios iam dando nós, fazendo com que acreditassem em linhas que pudessem ser desamarradas. Do outro lado mantinha o sol direto pelas linhas do norte. Embarcando com uma agulha de marear nas mãos, tendo seu ponto puxado pelo imã que indicava as direções.  Tanta seda ao longo dos que deslizavam em busca do segredo guardado. Suas molduras com finalidades para cada ponto de vista proposto. Tecendo com delicadeza cada parte que durará mais do que uma noite para que possa ser salva. Com sua resistência maior do que seu tamanho transparecesse, com sua vida em linhas construídas e preenchidas pelos que caminham livremente. Com a aurora de sua real fidelidade à realeza. Presa em paisagens privilegiadas pela luz noturna, pelo luar ascendente. São teias claramente procedentes pelo imaginário. Um questionário espontaneamente iludido. Gratidão imediata por bondades direcionadas ao desenho de cada fio. São dimensões diferentes que nos levam as mais bastardas realidades.