segunda-feira, 12 de março de 2012

Teias


Em busca de uma verdade tentada a nos mostrar a gravidade por baixo das ruas que pisamos. Transformou-se em crenças longas de teias invertidas para a imensidão de uma segurança. Seguindo pegadas que deixavam suas marcas nos ares de como viam os que viviam. Bem distante onde gritavam por uma noite de esperança. Ligando assim que os fios iam dando nós, fazendo com que acreditassem em linhas que pudessem ser desamarradas. Do outro lado mantinha o sol direto pelas linhas do norte. Embarcando com uma agulha de marear nas mãos, tendo seu ponto puxado pelo imã que indicava as direções.  Tanta seda ao longo dos que deslizavam em busca do segredo guardado. Suas molduras com finalidades para cada ponto de vista proposto. Tecendo com delicadeza cada parte que durará mais do que uma noite para que possa ser salva. Com sua resistência maior do que seu tamanho transparecesse, com sua vida em linhas construídas e preenchidas pelos que caminham livremente. Com a aurora de sua real fidelidade à realeza. Presa em paisagens privilegiadas pela luz noturna, pelo luar ascendente. São teias claramente procedentes pelo imaginário. Um questionário espontaneamente iludido. Gratidão imediata por bondades direcionadas ao desenho de cada fio. São dimensões diferentes que nos levam as mais bastardas realidades.

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