quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Olhe pela janela


Por que essa barreira? Por que esses ponteiros pelo chão? Quando podíamos estar assistindo nossas pegadas, mas você, você nunca viverá aquilo novamente... Então olhe pela janela e lembre-se da sua vida, olhe pela janela e veja que não tem mais ninguém lá, olhe pela janela e de adeus às nuvens acinzentadas seguindo seu rumo atrás do sol. O céu estaria mais iluminado se pudesse ver sua mente e tudo que nela você quis esconder. Disse que estava tão distante, mas não pode ver que o que procurava estava dentro de você. Por que voltar e descer um degrau se estava tão próximo de subir para o melhor? Só distribuiu lágrimas para poder dizer adeus sem pronunciar. Implore, peça, mas nunca volte a trocar qualquer olhar por mais sincero que possa ser, depois de ter conseguido destruir quem mais pode amar você. Não posso esquecer amanhã, nem pensar em como você saiu por aquela porta sem desejar que alguém segurasse sua mão. Pode ir, ir para longe, para um lugar em que talvez te aceitem rodeado de farsas. Essa noite aquelas promessas estarão tentadas a desaparecer para sempre. Essa noite vamos lembra dos últimos dias que falamos do fim. Sua voz está indo embora com o eco das batidas que deu na porta... Está partindo como as malas que fez antes de cada viagem. Quando deixamos de sentir o que tocamos, significa que o toque se perdeu em outros sentimos. Seu rumo será feito se você puder sobreviver a cada perdão que sua boca não pode soletrar.

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