Era tão sombrio quanto aqueles pesadelos, uma mistura de terror e risadas, mas não saudáveis e sim macabras. De todo lado era possível sentir calafrios, e à medida que aumentavam os passos, os gritos que me perseguiam se tornavam maiores e mais agudos. O cemitério parecia esconder algum segredo, além do que os túmulos escondiam. Pessoas passavam de um lado para o outro, como se procurassem algo, mas essas pessoas estavam mortas. Estava sozinha, vagando por planos desconhecidos, a procura de uma coisa que só o espirito era capaz de conduzir. Havia gargalhadas, suspiros, terra molhada com cheiro de sangue, lápide com o tabuleiro ouija gravado, tremores e jogos dos quais você não desejaria entrar. Não sabia onde aquele túmulo me levaria, mas sentia que era nele que deveria estar. Tão mal quanto o ar que era extraído das profundezas do inferno, tão escuro quanto o olhar que me seguia. Por longos corredores passei, por várias portas atravessei. E por aquele cemitério familiar andei até o meu túmulo. Estavam atrás de mim, aqueles que um dia fizeram parte do meu plano, aqueles que sempre vão vagar nos meus pesadelos, aqueles que aguardam a minha alma.
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