quinta-feira, 5 de julho de 2012

Pesado pesadelo



Em um mundo imaginário entrou, sem promessas de volta, seu espirito ficou. Monstros surgiam em sua mente, e anjos fugiam de seu tormento. Era um quarto escuro com duas pessoas meramente conhecidas, uma janela para decida, que mostrava cenas passadas para serem restauradas e revividas. Em segundos, imagens apagadas, passos derrotados, sapatos rasgados. As pessoas sumiram por baixo de lençóis, sem deixar vestígios de para onde partiram e se foram sós. Uma porta a ser aberta, um medo do desconhecido que habita o outro lado, e do que poderá ser encontrado. Ao abrir, pessoas amarradas surgiam, e para muitos seus caminhos não existiam. Almas desnorteadas, um labirinto em um manicômio, com uma fé e seu abandono. Mascarados e pintados aterrorizando quem se atrevesse a sair de seus quartos mofados. Correntes clichês, dignas de filmes antigos, bizarros e com ar de assustador medíocre. Todos com direções opostas, recordações imaginárias e levezas compostas. Entrara novamente em seu quarto, fugindo do escuro, por trás de escadas amaldiçoadas e destroçadas. Deitada na cama ficou, em seu próprio tempo parou, chorou por querer partir, até que alguém do seu lado ficou, pronta para ajuda-la a prosseguir. Podia gritar para ser acordada, sendo ouvida por quem estava do outro lado, gritava e gritava: “Acorda, acorda, já está tarde para quem esteve na cova”. Até que seus olhos abriram, e de volta em seu quarto seus pensamentos diminuíram, com travesseiros ao seu redor, e seu lençol enrolado com um nó. De seu pesado pesadelo saiu, e no além a sua porta de entrada surgiu.  

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