Em um mundo imaginário entrou, sem promessas de volta, seu
espirito ficou. Monstros surgiam em sua mente, e anjos fugiam de seu tormento. Era
um quarto escuro com duas pessoas meramente conhecidas, uma janela para decida,
que mostrava cenas passadas para serem restauradas e revividas. Em segundos,
imagens apagadas, passos derrotados, sapatos rasgados. As pessoas sumiram por
baixo de lençóis, sem deixar vestígios de para onde partiram e se foram sós. Uma
porta a ser aberta, um medo do desconhecido que habita o outro lado, e do que
poderá ser encontrado. Ao abrir, pessoas amarradas surgiam, e para muitos seus
caminhos não existiam. Almas desnorteadas, um labirinto em um manicômio, com
uma fé e seu abandono. Mascarados e pintados aterrorizando quem se atrevesse a
sair de seus quartos mofados. Correntes clichês, dignas de filmes antigos,
bizarros e com ar de assustador medíocre. Todos com direções opostas,
recordações imaginárias e levezas compostas. Entrara novamente em seu quarto,
fugindo do escuro, por trás de escadas amaldiçoadas e destroçadas. Deitada na
cama ficou, em seu próprio tempo parou, chorou por querer partir, até que
alguém do seu lado ficou, pronta para ajuda-la a prosseguir. Podia gritar para
ser acordada, sendo ouvida por quem estava do outro lado, gritava e gritava: “Acorda,
acorda, já está tarde para quem esteve na cova”. Até que seus olhos abriram, e
de volta em seu quarto seus pensamentos diminuíram, com travesseiros ao seu
redor, e seu lençol enrolado com um nó. De seu pesado pesadelo saiu, e no além
a sua porta de entrada surgiu.
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